Dos abraços

 


Num momento em que a música me levava para uma parte de mim que gritava silêncio e eu caminhava de forma pausada para deitar fora um papel, um grupo de alunos meus passava e fui surpreendida pela A. que se ofereceu para ir ela ao balde do lixo, ante a admiração de alguns colegas professores que se aperceberam do que se estava a passar. A A. foi e com ela o pequeno grupo que a acompanhava. Eis que a A.S., voltando-se, timidamente, me perguntou: "Professora, posso dar-lhe um abraço? Apetece-me e a professora precisa". Eu sorri e deixei-me abraçar. Pouco tempo depois foi o L., que veio "meter" conversa e desajeitadamente me fez o mesmo pedido. À saída, o C. disse-me: " Olhe que nós estamos consigo, professora!"
A todos fui dizendo o mesmo, que se deixassem de pieguice, mas ontem, na escola, precisei de abraços muitas vezes e eles vieram. E de quem tanto importa.

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