Óculos graduados


Vou ter de começar este texto de alguma maneira, portanto, o assunto que vou abordar será o dos óculos graduados. Não poderei fazer comparação entre usá-los e não os usar, porque durante toda minha vida os utilizei, por isso o que realmente me levou a escolher este tema foi o facto de, pela oitava vez, ter conseguido partir outro par.
Primeiramente, deixem-me dizer que não existe praticamente nenhuma vantagem em utilizar este tipo de óculos, pela minha experiência, a única vantagem é poder ver o mundo de outras formas, pois basta tirá-los e vejo tudo às manchas. Já se os inclinar no nariz, vejo tudo, como hei de descrever, esticado, tudo à volta parece estar a ser sugado. Isto só serve para quando estou aborrecida enão tenho nada para fazer.
Tirando esta brincadeira, tudo o resto é extremamente maçante, não posso usar cachecol, porque os óculos ficam embaciados; vou tentar comer alguma coisa quente, como sim, mas sem ver nada. Se os tiro não vejo e se os mantenho fico na mesma. Ao levar com uma bola ou um telemóvel na cara, dói ainda mais, graças à aquela coisa que se prende no nariz.

Terei de comprar óculos específicos para tudo, ou seja, se quero fazer mergulho, praticar um desporto mais perigoso  ou quaisquer outras atividades que necessitem de proteção facial,  eu não consigo realizar tudo a 100%, porque não vejo nada, é a vida…
Para além de tudo isto, existe uma certa atração por parte das pessoas para serem minhas oftalmologistas: mal eu pego nos óculos para os limpar, vem logo um amigo perguntar “posso experimentá-los?” e depois afirmações muito úteis, como “Ah! tu tens muita falta de vista, sabias?”, coisa de que eu não fazia ideia. Seguidamente, vem o derradeiro teste de “quantos dedos tenho aqui?” e “o que está escrito ali?”. Eu devo informar que consigo ver como uma pessoa normal durante 15 segundos, após isso vem a dor nos olhos.


Bem, se não usa óculos, sinta-se sortudo, porque não existe coisa mais irritante do que depender das condições meteorológicas para ver alguma coisa, nem nada mais incómodo que a dor que causam, e claro, o desespero que é vê-los partidos, em duas partes… aí vem o murro no estômago ao ver o preço no final da fatura da ótica.

Ana Curado
9ºE

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