Exemplificar ou a arte de confundir

A colocação dos pronomes em adjacência verbal, embora seja uma designação que por si só já mete medo, não tem segredos para os meus alunos, ainda assim,  fiz uma breve revisãozita, não fosse alguma dúvida escapar e sentir que não tinha cumprido o meu dever. Então vá de dar exemplos. Ora quando se toca a exemplos, o João é sempre o nome que se destaca nas frases que crio. Nas minhas e nas de 99% dos professores de Português. Desta vez, e porque sou pela inovação, deixei o João em paz e na pastelaria o bolo que o ponho a comer  e chamei o David.
- Então quero que me substituam o Complemento Directo em: Faz o trabalho, David! - e vá de escrever a frase no quadro, com toda a destreza que me é natural.
Aqui e ali um faze-o, que me fez revirar os olhos, mas a maioria lá chegou ao que era pretendido. Prossegui e mais um exemplo. 
- Então, reparem agora nesta frase: David, não faças o trabalho!- dizia eu - e tornem a substituir o mesmo complemento.
Antes mesmo de terminar, já se ouvia:
- Agora já estou baralhado! 
Era o David, o verdadeiro,  que leva as coisas a sério e há uns dois anos atrás também andava baralhado em relação ao pato que serviam na cantina, que era frango, desconfiava ele. 

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