#dia 2

 Dantes, eu era muito ingénua, agora também, mas menos.

Desde que, em 2018 os sindicatos, após estarmos um mês a aguentar uma greve às avaliações, compactuaram com o governo, decidi que só voltaria ao protesto quando sentisse que era sério e não mais uma revolta mansinha como as que se sucederam. Cá estou novamente. E voltou ao de cima a minha ingenuidade, acreditando que seríamos muitos, que estaríamos unidos, que teríamos uma só voz. Pois não, não foi assim. Somos um punhado de gente, pontualmente mal olhada, que luta em nome de todos, mesmo daqueles que se sentem incomodados com a nossa luta, que também lhes pertence, mas que preferem ignorar, em nome de sabe-se lá o quê.
Conversando com uns e outros, lá vem o queixume, legítimo, mas que não passa de lamento acomodado e bafiento.
Só com a união é possível chegar a bom porto, ou pelo menos a um menos mau do que aquele que já se avista.
É por nós que lutamos, mas também pelos nossos alunos, a quem faço questão de explicar as razões da luta e, pasme-se, entendem-na! E ainda hoje me perguntaram "Então, mas os 'profes' não deviam 'tar todos lá fora?"
Por que esperam?!?
Rompamos o nevoeiro! "É a hora!"

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