Subia as escadas, a custo, e a D.ªF., sempre alerta no seu posto de vigia, aventou-me um cumprimento. Virei o corpo todo, desde logo, porque gosto de estar inteira em tudo o que faço, e depois, porque as pontadas no dorso e no pescoço eram de tal ordem, que não conseguia virar-me como uma pessoa normal, um esforço sempre presente nos meus dias, mas que raramente tem sucesso. Será, portanto, um esforço inssucedido, diria eu, se fosse a Mariazinha da Assembleia.
Vendo-me naquele estado, a D.ªF. , não a Mariazinha, atira logo a graçolas: 'Tã pressora e um marmelêre? Perspicaz como sou, percebi logo que ela não me estava a perguntar pela árvore que dá os marmelos e muito menos a sugerir-me que arranjasse uma. O que ela queria, sabia-o eu bem, por isso, respondi-lhe: "Não será a varinha do marmeleiro??" A D.ª F. sorria por todo o lado. Imagino que imaginou toda a cena: eu, toda escaqueirada, a levar com uma varinha de marmeleiro nos costados, que era p'a ver se as dores passavam.
A D.ª F. é uma doçura de pessoa.
Encaminhei-me para a sala. A aula era a última do dia, e depois de algumas horas intermináveis a ouvir moços, senti que a paciência estava, tipo, mesmo no limite.
Robótica, palavra escolhida por um jovem aluno da aula da manhã para descrever a triste figura que fiz ao tentar escrever no quadro, lá me dirigi para a sala. O problema é que ninguém se consegue dirigir para uma sala, assim, numa só frase. Seriam necessárias páginas para descrever o que é o percurso pelo já famoso corredor. De pasta numa das mãos e guarda-chuva na outra, receava o momento em que alguma alminha, vinda sabe-se lá de onde, me cairia em cima, esmagando-me de vez as costelas, o que seria uma situação aborrecida, como calcularão. Vai daí, decidi pôr em marcha um mecanismo de defesa: afastar os moços com a sombrinha, que era o cajado e, no imediato, dei por mim pastora, a percorrer os campos, guardando o meu rebanho de ovelhas manhosas.
Já estive num corredor bastantes anose sei bem do que fala... Qual rebanho qual quê. Quando ouvi falar em marmelos pensei mesmo que ia falar de marmelada doces . Há por aí algumas colegas a fazer mas repartir que é bonito nada. As prof R que dá a maioria das aulas na Júlio a prof DM a prof DG...... Quem sabe não vê o post e nos dão a provar os doces
ResponderEliminarIsso, garanto-lhe, D.ªC., vai ser tudo tirado a limpo!
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