Para evitar a avalanche de dúvidas, disse aos moços
que apenas estaria disponível para esclarecimento de alguma questão nos 10
minutos finais.
É claro que foram pondo dedos no ar, é claro que eu
ia olhando, fazendo uma aceno negativo, e a dúvida esvaía-se. Aconteceu assim com quase
todos. Quase, pois o A., teimosamente, insistia em chamar-me. Fui-me sempre
escusando, até que percebi que, para além de continuar com o dedo no ar, o
olhar esse, começava-se-lhe a humedecer.
Contrariada, embora com o coração amolecido,
perguntei-lhe o que se passava.
- Oh pressora-
o tom era envergonhado – eu já soube isto, mas agora já não me lembro…
Ofereci-lhe um “sim…” expectante.
- Oh, pressora,
qual é que é o fruto da oliveira?
- Marmelos! – pensei em responder, mas achei por
bem não o fazer, até porque a criança estava com cara de quem iria acreditar
em qualquer coisa que eu dissesse. Em vez disso, respondi:
- É a azeitona, A., é a azeitona.
Chegada à sala de professores, sou interpelada pela L., que me disse:
- Olha tens de pôr ali mais uns saquinhos daqueles verdes...
Referia-se às bolachas que eu deixara no cacifo e que ela comera na tarde anterior.
Que eram mesmo boas, disse-me, até me perguntou onde as comprara, não que tivesse intenção de o fazer, mas para ficar informada, que a L. é rapariga que gosta de saber muitas coisas.
Chegada à sala de professores, sou interpelada pela L., que me disse:
- Olha tens de pôr ali mais uns saquinhos daqueles verdes...
Referia-se às bolachas que eu deixara no cacifo e que ela comera na tarde anterior.
Que eram mesmo boas, disse-me, até me perguntou onde as comprara, não que tivesse intenção de o fazer, mas para ficar informada, que a L. é rapariga que gosta de saber muitas coisas.
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